segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retratos da antiga Santa Maria - RS

 Antonio Luis Sanguitão e bem a direita está Eduardo Sanguitão dos Santos:


Rua Acampamento:


ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SANTA MARIA RS inicio do século XIX:


Foto de 1950, com o então Senador Getúlio Vargas:



Livro Santa Maria Memória de Neida Regina Ceccim Morales - Realização SM Produtora:



domingo, 28 de novembro de 2010

José Antônio Matos Netto - Zeca Netto


   Nasceu no Jaguarão-Chico na sede da estância da família (Rincão dos Netto) no dia 24 de junho de 1854. Filho de Florisbelo de Souza Netto e Raphaela de Mattos Netto, era trineto de Dionísio Rodrigues Mendes por parte de mãe e também tinha como ancestreal, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera. 

Ele trazia em suas raízes genealógicas sangue dos primeiros desbravadores e colonizadores do Brasil. Dioníso e Jerônimo de Ornelas são considerados os dois primeiros sesmarianos do Rio Grande do Sul. 

   Ao 12 anos, já em Porto Alegre, estudava no Colégio Fernando Ferreira Gomes, onde se encantou com a história romana e seus feitos militares. 
Com 18 anos foi morar no Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola de Engenharia do Exército, ficando lá por um ano. Depois voltou para retomar os negócios da família na República Oriental del Uruguay. 
Antevendo a queda do império, retorna ao Rio Grande do Sul e alinha-se às ações dos republicanos 

Em 1892 é nomeado delegado de polícia em Camaquã onde depois de 4 meses recebe a patente de Tenente Coronel do Estadio Maior da Guarda Nacional. 
Na Revolução Federalista de 1893, teve forte atuação na região sudoeste do estado, atritado ambiente político do R.S. devido à constituição estadual extremamente positivista e concentradora de poderes no Executivo, e a forma de Estado do Brasil, o qual, apesar de nominalmente federalista, portava-se como se unitário fosse. Os maragatos, então, pegaram em armas contra os pica-paus. 
Irrompe a revolução de 1923, Netto alia-se ao movimento sendo o primeiro chefe a levantar-se em armas no sul rompendo-se do PRR - Partido Republicano Riograndese. 
Em 1924 se exilou no Uruguai, regressando em 1930; inicia a reconstrução de seu bens, depredados em sua ausência. 

   Em 1908, Netto, como homem metódico e empreendedor, mandou vir da Itália algumas famílias da região arrozeira daquele país, afim de iniciar seus empreedimentos de forma racional. Com a experiência da agricultura do velho mundo, implantou a orizicultura sob a forma de parceria nas estâncias Galpões, Coxilha, Barra Grande e Granja Netto. 
Zeca Netto usou os maiores Cabos-de-Guerra do mundo ocidental como fontes de insipração para seus feitos militares. Dentre eles estão César, Alexandre, o Grande, e Napoleão Bonaparte. 


 













Às sete horas do dia 22 de maio de 1948, na sede da Estância da Chacrá, impropiamente chamada de Forte Zeca Netto, faleceu aos noventas e quatro anos e foi sepultado no cemitério São João Batista em Camaquã, R.S., onde repousa até hoje no mausoléu que mandara fazer em memória de sua filha que falecera anos antes, Anna Theotonia. O seu passamento teve repercução nacional:







Revolução de 1923

   A Revolução de 1923 também chamada de libertadora. Foi o último grande confronto envolvendo as elites do RS.
Em 1923, chimangos e maragatos enfrentaram-se novamente, mas agora o motivo da revolta dos maragatos era outro: a reeleição de Borges de Medeiros.
Borges foi o sucessor de Júlio de Castilhos, que, foi indicado pela quinta vez consecutiva ao governo do estado. Em 1922 ele venceu a eleição por meio do voto de cabresto, derrotando Joaquim Assis Brasil, o candidato da oposição.
Isto provocou a indignação dos maragatos, que não aceitaram esse resultado e resolveram pegar nas armas outra vez.
Teve início a Revolução de 1923.

   Nesta Revolução se descaram os legendários comandantes rebeldes, Leonel Rocha e Honório Lemes (o leão do Caverá).
A luta foi desigual, mas possibilitou ao Rio Grande do Sul articular uma política de paz e de unidade que se projetaria em termos nacionais, em 1930.
Os libertadores agiam buscando o fim da era Borges. Tinham consciência de sua inferioridade em homens e armas, mas queriam forçar uma intervenção do governo Federal no Estado. O Presidente da República Arthur Bernardes, enfrentando contestações militares, preferiu manter-se alheio ao conflito.


Júlio de Castilhos:




Borges de Medeiros:



Assis Brasil:



Força do General Honorio Lemes (Leão do Caverá), Alegrete:


General José Antônio Mattos Netto e seus oficiais, Revolução de 1923:


Coluna de atiradores de São Gabriel:


19/06/1923 - Feridos do segundo combate sobre a Ponte do Rio Ibirapuitã, Alegrete. Luta travada ente as forças revolucionárias (maragatos) e as forças legalistas do Governo do Estado (chimangos):


Estácio Azambuja com o filho Ary Azambuja à sua direita e o genro Félix Contreiras Rodrigues (pai do Prof. Eduardo Contreiras Rodrigues) à esquerda, no acampamento em Aceguá, RS.
Foto gentilmente cedida pelo Prof. Cláudio de Leão Lemieszek, autor do livro NOTÍCIAS DA REVOLUÇÃO DE 1923 EM BAGÉ,A CAPITAL DA PAZ, Praça da Matriz Ed.: Bagé, 2008, para o blog Auxiliadora 1976:



Da esquerda para a direita: Mena Barreto, Estácio Azambuja, Zeca Netto, Honório Lemes, Assis Brasil, Setembrino de Carvalho, Angelo Pinheiro Machado, Leonel Rocha, Felipe Portinho, Chiquenote Pereira, no pátio do Palacete de Pedro Osório, em Bagé, RS:










Revolução de 1893


   A Revolução Federalista  aconteceu no Rio Grande do Sul, seu início deu-se no ano de 1893 e perdurou até 1895, envolvendo os mais importantes grupos políticos. A República dava seus primeiros passos, dois grupos pleiteavam o poder, o Partido Federalista – que agrupava a antiga nata do Partido Liberal da época do império, comandado por Gaspar da Silveira Martins – e o Partido Republicano Rio-Grandense – do qual faziam parte os adeptos da república, e que era dirigido por Júlio de Castilhos, então governador.

   A facção dos federalistas resguardava o sistema parlamentar de governo e exigia a análise das constituições estaduais com o objetivo de as retificar, caso necessário, antevendo a possível concentração política e a fortificação do Brasil como União Federativa. Já o Partido Castilhista era favorável do positivismo – viver a vida baseada nos fatos e na experiência, rejeitando tudo que é nebuloso e sobrenatural -, do presidencialismo e da liberdade de se administrar um estado segundo suas leis. Os sectários dos federalistas eram conhecidos pelo nome de gasparitasou maragatos e os correligionários de Júlio Castilhos foram denominados castilhistas ou pica-paus.

Gaspar da Silveira Martins:

Júlio de Castilhos: 



Irmãos Gumersindo Saraiva, Aparicio Saraiva (ambos ao centro) e comandantes da Revolução Federalista Riograndense de 1893. No Uruguai o sobrenome de origem portuguesa Saraiva foi castelhanizado para Saravia:


A Batalha do Pulador, confronto ocorrido durante a Revolução Federalista (1893), entre maragatos e pica-paus, é reproduzido em Passo Fundo, por 650 figurantes:





terça-feira, 16 de novembro de 2010

El Corralero Version Hernan Figueroa Reyes

Honório Lemes da Silva - "Leão do Caverá"

Honório Lemes da Silva


Conhecido como "O Leão do Caverá" nasceu em Cachoeira do Sul, RS em 23 de setembro de 1864 e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1930 foi tropeiro e pequeno proprietário pobre e quase analfabeto que, patriota, liberal convicto e admirador de Gaspar da Silveira Martins, ao rebentar a revolução federalista, em 1893,ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel. Terminada a luta em 1895, voltou a se dedicar às lides campeiras.


Em 1923 voltou a pegar em armas, dessa vez para lutar contra a posse de Borges de Medeiros, que havia sido reeleito para o quinto mandato consecutivo no governo gaúcho. Em novembro do ano seguinte voltou a rebelar-se, dessa vez em apoio aos jovens oficiais militares que, liderados por Luis Carlos Prestes, sublevaram unidades do Exército no interior gaúcho contra o governo do presidente Artur Bernardes. Em 1925 foi preso e levado para Porto Alegre, porém, conseguiu fugir e exilou-se na Argentina. Apoiou a candidatura presidencial derrotada de Getúlio Vargas em 1930.


 Honório terminou seus dias como posteiro na Estância Santa Ambrozina em Rosário do Sul. Quando sentiu-se doente foi levado para o distrito de Pampeiro em Livramento, para a residência de seu sogro, Sr. Fulgêncio Silveira onde veio a morrer. Seu corpo foi levado para sepultamento em Rosário do Sul, cidade onde sempre residiu.







Bagé, 1923


Da esquerda para a diteira, Menna Barreto, Batista Luzardo, Leonel da Rocha, Honório Lemes, Assis Brasil, Cel. Setembrino de Carvalho, Pinheiro Machado, Gal. Zeca Netto, Gal. Felipe Portinho e Estácio Azambuja:





Túmulo do "Leão do Caverá":



Serra do Caverá:



Fotos do Cerro:  Ronai Rocha-Cerrito Testemunha
Saiba mais sobre o Leão do Caverá: http://www.paginadogaucho.com.br/pers/n-honorio-le.htm
Fonte: Blog Leo Ribeiro